quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Resumo de O Cavaleiro da Dinamarca


O Cavaleiro vivia numa floresta do norte da Dinamarca com a sua família e criados.
O Natal era ocasião para reunir a família, amigos e servos. Na noite de Consoada, o Cavaleiro anunciou que partiria em peregrinação à Terra Santa passando o Natal seguinte em Belém, na gruta onde Cristo nasceu. No entanto, no Natal seguinte, prometia estar de novo reunido com todos.
Ninguém tentou dissuadi-lo, mesmo sabendo que as viagens eram longas e perigosas.
Na primavera, o viajante partiu, tendo chegado sem qualquer problema à Palestina, donde seguiu para Jerusalém onde cumpriu o seu primeiro objectivo, pois passou a noite de consoada na gruta de Belém. Foi ainda nesse local que rezou pelo fim da miséria, da guerra, pela paz e pela alegria no mundo. Foi na gruta que lhe pareceu ouvir a oração dos anjos «Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade». O viajante pediu também a Deus que o fizesse um homem de boa vontade, que o protegesse durante a viagem de regresso de maneira a cumprir o segundo objectivo – reunir-se com os seus na próxima noite de Consoada.

No fim de Fevereiro, o Cavaleiro iniciou a viagem de regresso. No caminho para o porto de Java, travou conhecimento com um rico mercador de Veneza de quem se tornou amigo. Depois de o navio onde embarcara ter sido gravemente danificado por uma tempestade, o viajante e seu novo amigo aportaram a Ravena, cidade que impressionou o Cavaleiro pelos mosaicos polícromos e pela riqueza. Em Veneza, durante um serão em casa do mercador, o Cavaleiro ouviu a história de Vanina, uma jovem bela e órfã cujo tutor, Jacob Orso, tinha prometido em casamento a um seu parente de nome Arrigo. Quando a jovem atingiu dezoito anos, recusou-se a casar argumentando que o noivo era velho e feio. Como punição, o tutor encarcerou-a em casa. Foi então que Guidobaldo, quando passeava de gôndola, a viu a pentear-se. Os dois apaixonaram-se, no entanto, quando o jovem pediu ao tutor a mão de Vanina, este negou e ameaçou-o. Nessa noite, os dois amantes fugiram, sumindo-se no nevoeiro da noite, tendo-se casado na capela dos marinheiros, e nunca mais foram encontrados.
O Mercador de Veneza convidou o Cavaleiro a associar-se-lhe nos seus negócios que eram florescentes. Mas o viajante era homem de palavra e queria cumprir o que tinha prometido na noite de Consoada em sua casa; por isso, em abril, retomou a viagem , rumando, a cavalo, para o norte. Parou em Florença, cuja beleza e estátuas de mármore e bronze, o extasiaram. Como o Mercador lhe tinha dado cartas de apresentação para ser bem recebido pelos homens mais ricos do norte da Itália, o viajante procurou o banqueiro Averardo em cuja casa ouviu a narrativa do pintor Giotto, discípulo de Cimabué, durante um serão. Foi este último que descobriu, há mais de cem anos, o extraordinário talento do jovem Giotto observando, por ocasião de um passeio, os desenhos feitos nos rochedos. Procurando o autor dos desenhos, encontrou um jovem pastor que aprendera sozinho a desenhar. Cimabué convidou-o a acompanhá-lo até Florença, comprometendo-se fazer dele um grande pintor, o que efectivamente aconteceu, pois Giotto tornou-se o mais célebre pintor do seu tempo.

Foi também nos serões em casa de Averardo que o Cavaleiro ouviu falar de Dante, o maior poeta italiano, conhecido por ter visto «o outro mundo». Foi nesse mundo que o poeta reviu a sua amada chamada Beatriz, morta em plena juventude, numa sexta feira santa. Foi a sombra do poeta italiano Virgílio que o convidou a entrar no mundo dos mortos, tendo passado pelo Inferno, Purgatório onde viu o sofrimento das almas condenadas, até que chegou ao Paraíso onde se encontrou com Beatriz. Esta conduziu-o ao Céu para que Dante pudesse aperceber-se da felicidade em que viviam os bons e justos. A jovem pediu-lhe então que escrevesse um livro em que relatasse o que tinha visto e em que aconselhasse as pessoas a seguirem o caminho e a prática do bem. A obra escrita chamou-se A Divina Comédia.

Averardo convidou o Cavaleiro a ser seu sócio nos negócios e a ficar em Florença, cidade onde poderia ter acesso à ciência e às artes. Mais uma vez, o Cavaleiro mostrou ser homem de palavra e recusou.

No caminho para Génova, o viajante adoeceu tendo sido tratado num convento pelos frades com chás, xaropes, vinho quente e pós misteriosos. Quando recuperou, rumou a Génova, mas os navios para a Flandres já tinham partido, por isso, o Cavaleiro teve de fazer a viagem por terra, a cavalo, atravessando os Alpes, a França e chegando enfim à Flandres, no inverno. Daí avançou até Antuérpia, onde a abundância de especiarias na comida despertou a atenção do viajante. Foi aí que ouviu da boca de um capitão de navio uma das suas narrativas de viagens. O marinheiro contou que resolvera alistar-se nas expedições portuguesas que partiam para os descobrimentos em África. O maior problema com que se deparavam as tripulações, quando queriam travar relacionamento com os nativos, era a desconfiança e o desconhecimento da língua. Foi por isso que morreu o marinheiro português Pêro Dias quando quis travar conhecimento com um nativo na costa de África.

O negociante também propôs ao Cavaleiro que fosse seu sócio, tentando seduzi-lo com viagens e fortunas fabulosas, mas o dinamarquês manteve-se fiel à palavra dada. Perante a impossibilidade de continuar a viagem por barco em virtude do gelo e das tempestades, o viajante viu-se obrigado a continuar a utilizar o seu cavalo.

Na antevéspera de Natal, chegou a uma pequena povoação na orla da floresta onde foi recebido entusiasticamente recebido por amigos seus. Como o cavalo estava exausto, emprestaram-lhe outro. No dia seguinte, 24 de Dezembro, retomou a viagem, internando-se na floresta, mas a neve apagara todos os carreiros, o que dificultava a orientação. Quando chegou a uma aldeia de lenhadores, todos o receberam com manifestações de júbilo. Um dos habitantes convidou-o a passar a noite com eles, avisando-o que iria nevar, o que o impediria de prosseguir a viagem. Mas o Cavaleiro confiou no seu profundo conhecimento da floresta e aventurou-se na escuridão não temendo a ferocidade dos animais selvagens, uma vez que a noite de Natal é «noite de tréguas». O seu ponto de referência era o rio, por isso, como não o avistava, o Cavaleiro pensou em retroceder para a aldeia. Este facto acrescido do frio extremo e da escuridão fizeram-no pensar que estava perdido. Foi então que começou a ser perseguido por animais selvagens de que ele via distintamente os olhos a brilharem na escuridão, ouvia o ruído dos seus passos e até viu um urso que ousou pôr as patas no pescoço do seu cavalo. Perante o perigo, sempre repetia que «a noite de Natal era noite de tréguas». Foi nessa altura que se lembrou da oração dos anjos que ouvira na gruta de Belém e rezou fervorosamente a Deus.
E como por encanto, surgiu uma claridade para a qual ele avançou. A princípio pareceu-lhe uma fogueira, mas quando se aproximou apercebeu-se que se encontrava junto à sua casa e que a claridade era a árvore mais alta da floresta que os anjos tinham enfeitado com inúmeras estrelinhas como propósito de o conduzir para junto dos seus são e salvo.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

As origens do Carnaval

A festa carnavalesca surge a partir da implantação, no século XI, da Semana Santa pela Igreja Católica, antecedida por quarenta dias de jejum, a Quaresma. Esse longo período de privações acabaria por incentivar a reunião de diversas festividades nos dias que antecediam a Quarta-feira de Cinzas, o primeiro dia da Quaresma.
Em geral, o Carnaval tem a duração de três dias, os dias que antecedem a Quarta-feira de Cinzas. Em contraste com a Quaresma, tempo de penitência e privação, estes dias são chamados "gordos", em especial a terça-feira (Terça-feira gorda, também conhecida pelo nome francês Mardi Gras), último dia antes da Quaresma.
No período do Renascimento as festas que aconteciam nos dias de carnaval incorporaram os baile de máscaras, com suas ricas fantasias e os carros alegóricos. Ao caráter de festa popular e desorganizada juntaram-se outros tipos de comemoração e progressivamente a festa foi tomando o formato actual.
Informação extraída de http://pt.wikipedia.org/wiki/Carnaval

domingo, 17 de janeiro de 2010

O Natal deixa-nos sempre gratas recordações ...

A cultura do chá nos Açores


Na ilha de S. Miguel estão localizadas as únicas fábricas e plantações de chá existentes na Europa, que produzem o chá Gorreana e o chá Porto Formoso. O chá dos Açores vai ser certificado pela União Europeia, para salvaguardar a "genuinidade" de um produto de características únicas na Europa.Apesar de manter o seu carácter tradicional há 125 anos, a Gorreana rendeu-se às novas tecnologias. Pelo site que criou na internet vendeu, em 2008, três toneladas de chá. A Gorreana tem uma produção anual de 38 toneladas.A transformação industrial do chá teve início nos Açores em 1878. Foi ensinada aos locais por dois chineses, convidados pela Sociedade Promotora da Agricultura Micaelense, precisamente para esse efeito. Das várias fábricas que chegaram a existir, a Gorreana era, até há pouco tempo, a única resistente. Em 1998, os actuais proprietários da Fábrica de Chá de Porto Formoso iniciaram a recuperação desse complexo.O cultivo do chá, encontra nos Açores condições favoráveis ao seu desenvolvimento, sendo a ilha de S. Miguel a que reúne as melhores: um solo de textura arenosa, fértil, rico em ferro e onde os valores de acidez se encontram entre valores de 7 a 5 aproximadamente (entre neutro e acido). Aliado a estes factores, está o relevo da ilha que proporciona à cultura a necessária protecção que ela exige para um optimo desenvolvimento da planta do chá.A planta em si necessita de poucos cuidados, sendo no entanto necessário dispô-la em linhas para maximizar a sua eficiente produção. A planta precisa de estrume vegetal para o seu crescimento, o qual provém das folhas do arbusto e das sementes oleaginosas. Finalmente, a folha é colhida só após o 4.º ou 5.º ano da sua plantação ,sendo apenas podada até atingir esta idade. A apanha da folha decorre entre os meses de Abril e Setembro, numa época de poucas chuvas para que o crescimento das folhas seja mais lento e, consequentemente, o chá tenha maior qualidade. Segue-se o processo de transformação que implica o murchamento, a enrolagem, a oxidação e a secagem. Chega, então a hora da selecção.O mais perfeito, e mais forte, é o Orange Pekoe, obtido a partir do botão e da primeira folha do rebento. E não tem absolutamente nada a ver com laranjas! A primeira denominação é sinónimo de qualidade, e foi escolhida em homenagem aos príncipes holandeses de Orange, os primeiros a comercializar o chá pela Europa. A segunda corresponde a um termo chinês que significa “jovem”. É esse o principal atributo do chá obtido a partir da segunda folha do rebento, simplesmente rotulado de Pekoe. É ligeiramente mais fraco que o anterior. Quanto ao Broken Leaf, o mais suave de todos e mais adequado a quem queira evitar estimulantes, é o resultado de pedaços das diferentes folhas.Esses são chás pretos. Há ainda um chá verde, o Hysson.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Chá & Poesia

Ah tragam-me um chá
Um chá urgente de menta
Ou pimenta preta
Ou cidreira ou tília
Um chá de sabor a terra
De eucalipto ou oliveira
Numa chávena de Abril.

Ah, tragam-me um chá
Com aroma a cravo
Também pode ser
Um chá em clave de Sol
Ou em mi(m) maior

Ah tragam-me um chá
De todas as maneiras
Com aroma verde
Em vaso de esperança
Também pode ser
Tenho sede

Ah tragam-me um chá
De aroma de maçã
Que o chá aquece
A alma que fenece
No frio deste Abril
Em que um cravo canta
Esganado na garganta.

Ramiro Fonseca

A História do Chá

Segundo uma lenda chinesa, o chá foi descoberto por volta do ano 2.737 a.C. pelo Imperador Shen Nong.Diz a lenda que Shen Nong numa das suas viagens, parou para descansar e matar a sede debaixo de uma arbusto selvagem de chá… Os camponeses serviram-lhe água fervida, para prevenir doenças. Entretanto, uma leve aragem agitou os ramos e caíram algumas folhas de chá dentro da água fervida. O Imperador deliciou-se com o líquido dourado, achando a mistura muito refrescante e revitalizante. O Imperador Shen Nong tornou-se, então, conhecido como o “pai do chá”, ao descobrir desta forma o chá há cerca de 5000 mil anos!

Texto retirado de

http://www.teatime.pt/ficheiros/sobreocha/mundo.htm